O pacote de 12 projetos que o Governo do Rio empurrou para a Assembleia Legislativa (Alerj) é uma tentativa de equilibrar as contas públicas, mas, na verdade, parece mais um jogo de cartas marcadas. O grande objetivo? Tentar recuperar parte dos R$ 37 bilhões que devem à União, para assim aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). E, como se isso não fosse suficiente, oferecem condições “maravilhosas”: juros zero e correção monetária por 30 anos. Que generosidade!
Mas, claro, a proposta não vai ser um mar de rosas. O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), que já foi amigo do governador Cláudio Castro, pode se tornar o verdadeiro vilão dessa trama. Entre os projetos, três se arriscam a mencionar uma estimativa de receita de R$ 4,8 bilhões — uma quantia patética diante do buraco financeiro que o estado enfrenta.
E o que temos de “inovações”? O uso de royalties de petróleo para abater a dívida (sem valores claros, é claro), a criação de um novo Refis, prometendo arrecadar entre R$ 2 e 3 bilhões, e a venda de 47 imóveis estaduais, com uma expectativa de R$ 1 bilhão. Essas medidas podem até parecer um passo em frente, mas, na real, vão ter que enfrentar uma tempestade de desafios políticos e eleitorais. Vamos ver se essa novela termina com um final feliz ou se será mais um fiasco para o Rio.
Vamos aguardar a cena dos próximos capítulos