Polícia Militar quer privatizar atendimento 190

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro estuda a possibilidade de terceirizar o atendimento do 190, transferindo essa função para uma empresa de call center. Essa medida visa liberar policiais para o policiamento ostensivo, mas gera opiniões divergentes entre especialistas.

A proposta envolve a contratação de 188 atendentes terceirizados, que trabalharão em turnos de 6 horas, com 40 atendentes simultâneos no CICC (Cidade Nova).

O serviço permanecerá disponível 24 horas por dia, sob supervisão de policiais.

Em outubro de 2024, apenas 82,4% das chamadas foram atendidas, abaixo da meta de 93%.

A central recebe, em média, 167 mil ligações por mês, com picos de até 200 mil em outubro.

Atualmente, o setor conta com 146 policiais, tendo perdido 47 desde 2023 devido a afastamentos, transferências e aposentadorias.

O custo estimado da terceirização é de R$ 1,8 milhão por mês (R$ 21,8 milhões por ano), o que representa um aumento de 44% em relação ao valor atual. A PM acredita que esse valor pode diminuir após a licitação.

Requisitos para atendentes: idade mínima de 18 anos, Ensino Médio completo, avaliação psicológica e ficha limpa. Salário previsto: cerca de R$ 2 mil.

Opiniões de especialistas

– Jacqueline Muniz (UFF): “É melhor que a polícia esteja nas ruas do que atendendo telefone. Isso racionaliza o serviço e pode reduzir o tempo de resposta.”
 
– Robson Rodrigues (ex-PM): “O contrato deve garantir que o atendimento ao cidadão seja prioridade. A eficiência é importante, mas a sensibilidade também é essencial.”

A PM afirma que ainda não há uma decisão final sobre a mudança no serviço de emergência.

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