QUEIMADOS – Um retrato devastador da realidade social de Queimados foi revelado com a divulgação do novo Índice de Progresso Social (IPS) dos municípios brasileiros. O município ocupa a 67ª posição entre as 92 cidades do estado do Rio de Janeiro, escancarando o fracasso da gestão do prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) em promover políticas públicas eficazes para a população.
Os números são alarmantes: a cidade registra baixa cobertura vacinal contra poliomielite, alto consumo de alimentos ultraprocessados, resposta precária em processos familiares, além de graves indicadores de exclusão social, como famílias em situação de rua e violência sistemática contra a população negra. No ranking nacional, Queimados aparece na 2.986ª posição entre 5.570 municípios brasileiros — um desempenho que evidencia o despreparo da administração municipal.
O tema da inclusão social é um dos mais críticos no levantamento. Com pontuação de 49,86, Queimados está entre os piores colocados do país. A cidade apresenta baixíssimos índices de representatividade de negros e mulheres na Câmara Municipal, além de dados preocupantes sobre violência de gênero e racial. O acesso à educação superior também é extremamente limitado, com nota de apenas 27,51 no subíndice, colocando Queimados na 3.630ª posição nacional.
Na área de saúde e bem-estar, o município amarga 50,26 pontos, reflexo de uma população negligenciada, com alta mortalidade por doenças crônicas e baixa expectativa de vida. A nutrição infantil e o acesso a cuidados médicos básicos também figuram como gargalos gritantes. Mesmo com todos os alertas, o governo Glauco parece inerte diante do agravamento das condições sociais.
Entre os poucos indicadores positivos estão o acesso à internet banda larga e a existência de programas voltados a direitos humanos. No entanto, são pontos isolados em meio a um conjunto de políticas públicas falhas, desorganizadas e ineficazes para garantir dignidade à população.
Especialistas apontam que a posição vexatória de Queimados não é apenas reflexo de desigualdade histórica, mas também resultado direto da inoperância administrativa da atual gestão, que falha em promover ações de impacto na saúde, educação e assistência social. A ausência de investimentos estruturais agrava a desigualdade e empurra a cidade ainda mais para a periferia do progresso.
Fonte texto; Rlagos