A nova Força Municipal armada, instituída pela Prefeitura do Rio, terá como objetivo principal combater roubos e furtos em espaços públicos. O prefeito Eduardo Paes anunciou, nesta sexta-feira (6), a criação dessa divisão de elite da Guarda Municipal, que atuará em conjunto com as polícias Militar e Civil, mas não participará de operações contra o crime organizado.

Em coletiva de imprensa no Centro de Operações Rio (COR), o prefeito destacou que a Força Municipal será responsável pelo policiamento preventivo e ostensivo, permitindo que a PM e a Polícia Civil se concentrem em outras áreas, principalmente na recuperação de territórios dominados por traficantes ou milícias. Os agentes da nova divisão não realizarão investigações nem poderão ser acionados pelas centrais 190 e 1746.

“O crime que mais impacta o carioca ocorre nas ruas, nos sinais, nos pontos de ônibus e no caminho para a escola. Por isso, nossa atenção estará voltada para essa questão com a Força Municipal”, afirmou Paes, referindo-se à divisão como um “novo modelo de policiamento”.

O edital para seleção foi publicado na última quarta-feira (4), e o efetivo inicial contará com 600 agentes já integrantes da Guarda Municipal. A previsão é que eles passem por um treinamento de seis meses, com operações iniciando no próximo ano. O comando da divisão será assumido por Breno Carnevale, atual secretário municipal de Ordem Pública (Seop) e delegado da Polícia Civil, que deixará a pasta quando for oficialmente nomeado no próximo mês. A Seop será liderada pelo atual chefe-executivo do COR, comandante Marcus Belchior.

O treinamento dos guardas selecionados será realizado em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de contar com uma academia própria para os treinos. Carnevale informou que já existe um grupo de trabalho para a aquisição de armamentos, coletes balísticos e câmeras corporais.