MPF Pede Cancelamento das Outorgas da Jovem Pan

O Ministério Público Federal (MPF) protocolou, nesta segunda-feira (15), um pedido para a cassação das concessões da Jovem Pan. O órgão alega que a emissora desempenhou um papel central na disseminação de desinformação e na incitação a atos antidemocráticos durante as eleições de 2022.
O que o MPF Solicita
– Cancelamento das outorgas de rádio e TV da Jovem Pan
– Pagamento de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos
– Obrigação de veicular conteúdos educativos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas
– Envio de relatórios mensais comprovando o cumprimento das medidas
Acusações Principais
De acordo com a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, a Jovem Pan:
– Veiculou informações falsas de forma sistemática
– Incentivou a desobediência a ordens judiciais
– Defendeu a ruptura institucional e a intervenção militar
– Foi “a principal caixa de ressonância para discursos golpistas” no país
O Caso Paulo Figueiredo
O ex-comentarista da emissora é mencionado 72 vezes nas alegações finais:
– Recebeu informações de militares golpistas em 2022
– No programa “Pingos nos Is”, expôs nomes de comandantes que resistiam à pressão golpista
– O MPF afirma que teve “papel de destaque” nas ilegalidades da emissora
Base Legal
O MPF argumenta que a Jovem Pan violou o Código Brasileiro de Telecomunicações, considerando como abusos:
– Incentivar a indisciplina nas Forças Armadas
– Veicular notícias falsas que representam risco à ordem pública
– Insuflar rebeldia contra instituições democráticas
Declaração do MPF
“Ora demandada, a Jovem Pan se pôs a serviço de aventuras antidemocráticas. A imposição de medidas severas é fundamental para afirmar que condutas como essas são juridicamente inaceitáveis”, declarou o procurador Yuri Corrêa da Luz.
Continua depois da publi
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