Polícia Civil RJ íntimou 4.2 mil pra devolverem celulares roubados

A polícia do Rio iniciou nesta 2ª (20) uma nova fase da Operação Rastreio. Mais de 4,2 mil intimações estão sendo enviadas a atuais usuários de aparelhos identificados como produtos de crime. Segundo a polícia, em fases anteriores, mais de 5,8 mil aparelhos já foram recuperados.
1️⃣ A vítima fez o BO, colocando seus dados, inclusive IMEI do aparelho roubado (esse número é único em todo mundo pra cada celular)
2️⃣ Os dados vão pra Anatel
3️⃣ Quando um novo número usa aquele telefone, a operadora detecta o IMEI.
4️⃣ A polícia recebe o novo número e nome de quem usou o celular, filtra e aciona por mensagem
Porém, entre as que receberam mensagens na 2ª e 3ª, estão 2 pessoas que, na verdade, não são receptadoras: são vítimas de furtos que fizeram BOs na polícia.
CASO 1
A vítima respondeu a mensagem pelo WhatsApp, informando que tinha sido furtada e que tinha nota fiscal do novo aparelho, comprado na loja oficial da Motorola na Amazon, e enviou os prints do pedido. O policial respondeu por áudio, pedindo desculpas e dizendo que já sabiam que a lista “veio das operadoras com falhas”, mas que seguiram as ordens superiores de notificar todos os números.
CASO 2
A vítima de furto foi à delegacia com seu novo celular, que recebeu pela seguradora após o furto, e foi informada que não havia pedido em seu nome para que comparecesse. Havia, na verdade, pedido no nome de sua mãe, porém com seu número de celular. A família acredita que isso seja devido à mãe ser titular da conta na operadora. Entretanto, a confusão era maior. Na lista mostrada pelo policial, constava o registro de um número IMEI de pessoa desconhecida. A vítima contou que o policial pediu desculpas, disse que a lista “estava com muitas confusões” e que “aquele IMEI deveria ser de uma outra vítima, de outro BO, sem relação com o caso”.
Procurada pelo Diário do Porto, a polícia solicitou os números dos BOs para averiguar o que ocorreu. As vítimas de furto, porém, preferiram permanecer anônimas, e optaram por não fornecer a informação à polícia ou à reportagem.
A Polícia Civil, então, respondeu com uma nota.
ÍNTEGRA DA NOTA DA POLÍCIA CIVIL
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) esclarece que a Operação Rastreio é uma ação de grande escala voltada à recuperação de aparelhos celulares furtados ou roubados e ao combate à receptação, coordenada pela Secretaria de Planejamento e Integração Operacional e executada pelas delegacias de polícia, com o apoio técnico das operadoras de telefonia.
Uma das etapas do trabalho consiste no envio de mensagens via WhatsApp para usuários de aparelhos que constam nas listas fornecidas pelas operadoras, a partir do cruzamento de dados técnicos (IMEI). O objetivo é verificar a origem do aparelho e confirmar a posse legítima, distinguindo situações regulares — como trocas, reposições por seguro ou compras em lojas oficiais — de possíveis casos de receptação.
As mensagens enviadas têm caráter informativo e não configuram imputação criminal. O cidadão contatado dispõe de 72 horas para comparecer à unidade policial ou responder pelo próprio aplicativo, apresentando comprovantes de compra ou outras informações. O procedimento é administrativo e pautado na boa-fé do cidadão, representando uma inovação tecnológica que agiliza o atendimento e evita deslocamentos desnecessários.
A Sepol reforça que as listas recebidas das operadoras possuem grande volume de dados (mais de 15 mil registros) e passam por depuração técnica. Eventuais inconsistências pontuais não comprometem a operação, que tem alcançado resultados expressivos. Em alguns casos, o contato com o usuário permite recuperar os próprios aparelhos roubados, descartando-se a portabilidade obtida por meios ilegais, demonstrando a eficácia do método.
Nos casos relatados, a análise individual somente pode ser feita mediante a identificação do caso concreto, com os dados completos da ocorrência e da pessoa contatada, de modo que o esclarecimento técnico dependa da verificação do histórico do IMEI, registro de ocorrência e informações fornecidas pelas operadoras. Nos casos relatados, a análise individual somente pode ser feita mediante a identificação do caso concreto, com os dados completos da ocorrência e da pessoa contatada, de modo que o esclarecimento técnico dependa da verificação do histórico do IMEI, registro de ocorrência e informações fornecidas pelas operadoras.
Acrescente-se que essas checagens de habilitação e histórico têm também caráter protetivo para a própria vítima, uma vez que há, atualmente, atuação de grupos estelionatários que habilitam linhas em nome de terceiros e se aproveitam de dados subtraídos de aparelhos roubados para praticar golpes contra as vítimas e seus contatos (por exemplo, mensagens e chamadas simulando parentes solicitando pagamentos). Por isso, além do esforço investigativo para identificar receptação, as checagens técnicas visam prevenir danos patrimoniais e identificar usos fraudulentos subsequentes
Até o momento, a Operação Rastreio já recuperou mais de 5,8 mil celulares, com entrega prevista aos legítimos proprietários nas próximas semanas.
A Sepol reafirma seu compromisso com a transparência, a eficiência investigativa e o respeito aos cidadãos e respaldada pela excelência do trabalho desenvolvido, e vem apresentando resultados expressivos na redução de receptação e recuperação de bens subtraídos, consolidando-se como uma política pública eficiente e de elevado retorno social.
Continua depois da publi
Publicidade


